Organização física: uma ferramenta para momentos de ansiedade
Comparado àquela época, estou muito melhor. Ao longo desse tempo, fui descobrindo estratégias que me ajudam a lidar com os momentos de aflição e instabilidade. Algumas dessas "coisas" descobri por conta própria; outras foram recomendações das minhas terapeutas — passei por algumas ao longo dos anos e sou grato a todas elas.
Gosto de chamar essas estratégias de ferramentas, como se fizessem parte de uma caixa de ferramentas para o meu bem-estar. Pretendo compartilhar aqui no blog o que funciona para mim, na esperança de que também possa ajudar você.
A primeira delas é a organização física.
Chamo de "física" porque precisa ser algo palpável, tangível e não digital.
Uma vez, quando não estava me sentindo bem, decidi organizar minha estante de livros. Fui tirando a poeira, relembrando os títulos e separando-os por temas. Percebi que esse simples ato me fez bem.
Por que isso funciona?
Acredito que, basicamente, é uma forma de sair do foco em si mesmo e do medo que assola quem convive com o TAG — aquela tempestade de pensamentos, na maioria das vezes, catastróficos.
Sentir o peso do livro, a textura das páginas e até o reflexo da luz é uma forma de mindfulness (atenção plena). Isso retira o foco do diálogo interno e o direciona para algo real.
Ou seja: organizar o que é físico ajuda a organizar meus pensamentos. O processo me coloca em contato com o real, e não com o imaginário.
Não precisam ser livros necessariamente. Pode ser a organização dos utensílios de cozinha, de uma coleção ou até carrinhos de brinquedo.
Um lembrete: essas ferramentas não substituem medicamentos ou a terapia, que são a base de tudo. Elas são complementos.
Essa prática me ajuda muito e espero que ajude você também.
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